Um homem esfaqueou a mulher, grávida de cinco meses, e a filha do casal, de um ano e dois meses, em Rolândia no interior do Paraná. Alessandro dos Anjos, de 37 anos, foi preso em flagrante e deve responder por duas tentativas de homicídio, uma delas com a qualificadora de feminicídio.
De acordo com a polícia, já havia oito boletins de ocorrência (B.O), no período de 2016 a 2018, contra o homem. Os B.Os foram abertos pela própria vítima por violência doméstica e ameaça, ainda conforme a polícia. A mulher chegou a pedir medida protetiva contra o companheiro, mas desistiu, segundo a polícia.
O caso aconteceu na tarde de domingo (14). Na manhã desta segunda-feira (15), a mulher, de 36 anos, ela continuava internada em um hospital da cidade.
Segundo a polícia, ela foi atingida por ao menos sete facadas, que atingiram pescoço, braços, pernas e tórax. Uma delas perfurou o pulmão. O bebê que ela está esperando não foi atingido, e o estado da mãe é considerado estável, de acordo com o hospital.
Já a bebê, filha do casal, foi atingida por três golpes de faca, que atingiram mão e coxa, e já recebeu alta. Ela foi liberada pelo Conselho Tutelar para ficar com a avó materna.
Investigação
Após o crime, Alessandro chegou a fugir, mas foi encontrado no início da noite com a arma do crime, uma faca de cozinha.
“O autor nos foi apresentado ontem à noite. Mas, em virtude de ele estar ainda sob o efeito de álcool e, provavelmente, também de entorpecentes, a sua oitiva ficou um pouco prejudicada e nós priorizamos algumas diligências para poder subsidiar a lavratura do flagrante”, informou o delegado Aldair da Silva Oliveira.
Alessandro permanecia preso na Cadeia Pública de Rolândia, na manhã desta segunda. Ele não indicou nenhum advogado e, por isso, a Defensoria Pública será comunicada sobre o caso.
O delegado disse que vai pedir para que a Justiça determine a prisão preventiva, por tempo indeterminado, devido ao histórico de ocorrências do preso.
“Ele, inclusive, foi preso em uma situação de flagrante há pouco mais de duas semanas, mas acabou saindo na audiência de custódia e também, a vítima, embora ela tenha representado pelas medidas protetivas, ela acabou admitindo que ele voltasse para casa”, explicou o delegado.
De acordo com Oliveira, agora, as investigações seguem independentemente da vontade da vítima porque nessa situação os crimes envolvidos são de tentativa de homicídio.
“[São crimes] de ação penal pública incondicionada, isso significa que a vontade da vítima é irrelevante”, afirmou.
Via: G1 PR