Sérgio Onofre cobra concessionárias sobre obras durante audiência dos contratos de pedágio

O prefeito de Arapongas, Sérgio Onofre, participou nesta quinta-feira (11) em Londrina de audiência pública promovida pela Frente Parlamentar do Pedágio, formada pela Assembleia Legislativa. Na pauta, o vencimento dos contratos com as concessionárias, previsto para novembro, e a discussão de um modelo do novo contrato. Falando por Arapongas e pelos demais 21 municípios que integram a Associação dos Municípios do Médio Paranapanema (Amepar), entidade que preside, Onofre disse que há dois desafios pela frente: saber o que será feito com as obras previstas em contrato e que até o momento não foram executadas e que modelo de contrato será adotado para que a nova concessão não repita esses erros no futuro. “Arapongas é um exemplo de município prejudicado. Em janeiro de 2017, quando assumimos, já fui atrás da obra do nosso contorno viário, que devia estar concluído em 2018, mas até hoje infelizmente não saiu do papel”, afirmou Onofre.

Ele frisa que tanto esta quanto outras 37 obras em atraso nos seis lotes explorados por seis concessionárias já estão pagas pelos usuários do pedágio, cujo contrato foi assinado em 1997. “Estamos discutindo um novo modelo de pedágio sem antes fazer com que os compromissos firmados no passado sejam cumpridos. Na minha opinião, temos que primeiro cobrar e fazer com que sejam executadas essas obras primeiro. Que moral alguém pode ter para cobrar pedágio enquanto houver obras que já foram pagas, mas que até agora não foram executadas?”, afirmou o prefeito.

Para ele, não importa que faltem nove meses para a finalização do contrato. As concessionárias que hoje exploram as praças de pedágio devem, na sua opinião, cumprir com as obrigações contratuais. O prefeito de Arapongas enalteceu, porém, a iniciativa da Assembleia Legislativa, de promover audiências públicas a respeito do novo contrato e abrir o assunto a toda a população. “Pelo menos dessa vez a sociedade está sendo ouvida. Isso já é um grande avanço”, acrescentou Onofre.

Ele afirmou ainda que no próximo dia 19 será realizada reunião entre os prefeitos da Amepar e, na sequência, com a Associação dos Municípios do Paraná (AMP), numa mobilização de todas as lideranças municipalistas do Estado. “O grande problema nosso é muitas vezes não ter o conhecimento exato dos termos do contrato. Sem isso não se pode debater ou opinar de forma produtiva e adequada”, assinalou. Para o prefeito, é preciso aprender com os erros do modelo que está em fase final para que o novo contrato, se aprovado, tenha um formato que não penalize os trabalhadores e os setores produtivos com tarifas pesadas, nem que permita a inclusão de obras e serviços que, mesmo pagos, deixem de ser executados.

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