CASO VANESSA: Motorista ingeriu bebida alcoólica antes do crime, diz Polícia Civil

A Polícia Civil de Arapongas concluiu o inquérito policial no caso do motorista Rodrigo Batistoni, de 19 anos, que atropelou e matou Vanessa Prado, de 33 anos. O inquérito aponta que Rodrigo consumiu bebida alcoólica antes de assumir a direção do veículo e que estava acompanhado de uma adolescente no momento do atropelamento.

Segundo a investigação, pouco antes das 22h30 do dia do crime, imagens do circuito interno de um supermercado mostram Rodrigo e alguns amigos comprando bebidas alcoólicas, caixas de cerveja e vinho, três horas antes do fato. De acordo com a Polícia Civil, Rodrigo e os amigos consumiram as bebidas alcoólicas na Praça Mauá, centro de Arapongas.

Câmera de supermercado registrou suspeito comprando bebidas alcoólicas horas antes do acidente em Arapongas — Foto: Polícia Civil/Divulgação

As investigações apontaram que Rodrigo estava na companhia de uma adolescente de 15 anos no dia do acontecido, que seria sua namorada. Segundo o delegado do caso, Ricardo Jorge, durante o depoimento Rodrigo se mostrou tranquilo e negou que ingeriu bebida alcoólica.

“Conseguimos comprovar com a ajuda do comerciante, que nos forneceu imagens e nota fiscal, que Rodrigo comprou caixas de cerveja e vinho na companhia de amigos. As testemunhas ouvidas confirmaram que ele ingeriu bebida alcoólica e que estava companhado de sua namorada de 15 anos na hora do atropelamento.” afirma o delegado.

Conforme o delegado, Rodrigo negou em depoimento que estava em alta velocidade, disse que não ingeriu bebida alcoólica e que não sabia que estava na contramão da via. “ Nossas investigações mostram o contrário do que Rodrigo e a adolescente disseram em depoimento.” disse o delegado.

Ainda de acordo com o inquérito, Rodrigo tentou consertar o veículo antes de ser apresentado. A investigação aponta que o acusado levou o veículo em uma oficina afim de reparar o para-brisas e outras marcas do atropelamento. “A perícia veicular mostrou que houve tentativa de ocultar as partes danificadas do carro. Foram feitas pinturas e polimentos segundo a perícia.” diz Ricardo Jorge, delegado do caso.

Para a Polícia Civil, suspeito alterou carro antes de entregá-lo à Polícia Civil — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Os investigadores realizaram o levantamento no local do crime e o inquérito aponta que a via é bem sinalizada. Rodrigo Batistoni continua preso e se for condenado pode pegar de 12 a 30 anos de prisão.

“Ele contava com a impunidade. Todo o comportamento dele desde o momento do atropelamento, o ato de fugir sem prestar socorro, de tentar consertar o veículo e também as negações, revela que ele não tem interesse de colaborar com a justiça e sim de se eximir da responsabilidade”. finaliza o delegado.

 

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