Um laudo inicial do Instituto de Criminalística aponta que a menina Eduarda Shigematsu, de 11 anos, foi espancada e torturada antes de ser morta asfixiada.
Em entrevista o delegado de Arapongas, Dr. Ricardo Jorge, falou sobre o caso da morte da menina, de 11 anos, moradora da cidade de Rolândia. Segundo o delegado, o pai de Eduarda, Ricardo Seidi que se encontra preso, disse em depoimento que encontrou a filha enforcada e enterrou a criança.
De acordo com o delegado, a avó tinha a guarda da criança e não o pai, porém os três moravam no mesmo imóvel, a avó e Eduarda nos fundos e o pai Ricardo Seudi na casa da frente. A mãe de Eduarda, Jéssica Pires, mora na cidade de São Paulo, em razão ao desaparecimento da filha ela veio para a cidade de Rolândia.
O pai de Eduarda prestou depoimento ontem(28) na delegacia, e disse ter encontrado a filha enforcada. “Ele, de forma bem fria, disse que encontrou Eduarda enforcada no quarto dela e em um ato de desespero a amarrou e colocou dentro de um veículo, que até o momento não foi encontrado. Ele levou a criança até a casa e a enterrou em um buraco que já existia, por conta de uma foça. Temos as imagens de câmeras de segurança do momento em que ele sai da casa.” diz o Dr. Ricardo Jorge.
Conforme o delegado, Ricardo Seidi já sabia que a criança estava morta quando o boletim de desaparecimento foi registrado. Na data de ontem (28) policiais receberam informações de que vizinhos e testemunhas ouviram barulhos na casa no dia do desaparecimento. Policiais foram até o endereço e encontraram na garagem um buraco recente. “A forma que o corpo foi encontrado chocou a todos, tanto nós da Polícia Civil quanto do SICRIDE (Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas). A criança foi encontrado com pés e mãos amarrados com uma corda, com um saco de lixo e uma camiseta na cabeça.” relatou o delegado.
Os policiais apreenderam na casa de Ricardo Seidi uma arma de fogo registrada. Também foi encontrada uma camiseta com sinais de sangue, a qual passará pela perícia, além de um lençol que aparentava estar sujo de barro. “Apreendemos computadores e celulares, inclusive o celular da avó que estava apreendido desde o começo da investigação”. afirma Dr Ricardo.
“Temos informações de que a avó também sabia que Eduarda estava morta e mesmo assim registrou o boletim de desaparecimento, porém, ainda estamos investigando.” afirma o delegado.
Para a Polícia Civil a motivação do crime ainda não esta esclarecida. “A princípio não tem relação nenhuma com herança, como dizem alguns boatos, o laudo completo vai nos mostrar o que realmente causou a morte da Eduarda e com isso vai ser mais fácil chegar até a motivação”. diz o delegado.
Ricardo Seidi, pai de Eduarda, estava na casa no momento que os policiais chegaram. Ele se encontra preso na Penitenciária Estadual de Londrina (PEL).