A Faculdade Formação Brasileira e Internacional de Capelania e a Ordem dos Capelães do Brascil (OCB), concedeu na última quarta-feira, dia 13 de julho, o título de Doutor (a) Honoris Causa para a Sacerdotisa Ìyálorisa Joilda Ti Osùn – Joilda Pereira de Jesus – fundadora e presidente das entidades Ilé Àse Ti Tóbi Ìyá Àfin Òsùn Alákétu e AIABA – Associação Interdisciplinar Afro-Brasileira e Africana de Arapongas. A homenagem foi realizada durante sessão em Curitiba. O evento foi um marco na história da cidade, pois reconheceu os serviços sociais de líderes Internacionais. O título Doutor Honoris Causa é a honraria mais importante concedida por uma instituição de ensino superior, que faz o reconhecimento por contribuições científicas, intelectuais, acadêmicas, culturais ou artísticas.
A Sacerdotisa Ìyálorisa Joilda Ti Osùn – Joilda Pereira de Jesus, é uma grande defensora e ativista da Cultura Tradicional de Matriz Africana e Afro-brasileira, além de realizar trabalhos sociais voluntariamente para pessoas em situações de vulnerabilidade social. “ O recebimento do título Doutora Honoris Causa reforça ainda mais a minha missão religiosa de religião de matriz africana e honrar sempre os Òrìsàs e minha mãe, Òsùn Òrìsà, que me escolheu para ser sua filha e com fé e amor ao próximo tenho a certeza que este título abrirá portas para reforçar todo o trabalho social que já realizo na minha comunidade e município de Arapongas”, afirmou.
O secretário da Saúde de Arapongas, Moacir Paludetto Jr, falou da representatividade de Mãe Joilda junto à saúde municipal. “ Ela é uma líder e forte representatividade da população negra. Faz um trabalho atuante aqui. E por isso, tal reconhecimento é algo de grande valia para todos. Fiquei muito feliz por ter Arapongas sendo representa por uma forte mulher, engajada em questões de saúde e socioassistencial”, mencionou. Promovidos pelas entidades Ilé Àse Ti Tóbi Ìyá Àfin Òsùn Alákétu e AIABA – Associação Interdisciplinar Afro-Brasileira e Africana, Ìyálòrísá Joilda Ti Òsùn – Joilda Pereira de Jesus (Mãe Joilda) é anfitriã e mediadora dos Encontros Municipais de Mobilização Nacional Pró-saúde da população negra – Vida longa com saúde e sem racismo de Arapongas – Paraná.
Sacerdotisa Ìyálorisa Joilda Ti Osùn – Joilda Pereira de Jesus
Joilda Pereira de Jesus, mulher preta, filha, mãe, avó e nordestina, nascida em Itaberaba-BA, domiciliada em Arapongas-PR há 26 anos. Sacerdotisa Ìyálòrísá do Templo Religioso de Matriz Africana e Afro-Brasileira Ilé Àse Ti Tóbi Ìyá Àfin Òsùn Alákétu, mais conhecida como Ìyá Joilda Ti Òsùn, representante e pioneira dos segmentos referentes à Cultura Tradicional de Matriz Africana e Afro-brasileira, em Arapongas-PR. Fundadora da AIABA – Associação Interdisciplinar Afro-Brasileira e Africana e Fundadora, Presidente e Sacerdotisa da Instituição Religiosa de Matriz Africana e Afro-Brasileira Ilé Àse Ti Tóbi Ìyá Àfin Òsùn Alákétu, recebedora do Prêmio “Ninhos Culturais de Arapongas”, ligado a Lei Federal 14.017/2020 (Lei Aldir Blanc), pelo reconhecimento como espaço cultural. Recebeu o Prêmio “Trajetórias – Mestre do Saber”, na categoria pessoa física, ligado a Lei Federal 14.017/2020 (Lei Aldir Blanc).
Segundo ela, sua missão de vida é atuar em prol da humanidade, tendo como princípios o amor ao próximo, a promoção da cultura da paz, a promoção da equidade social e o combate ao racismo étnico-racial, religioso, cultural e todo e qualquer tipo de opressão que coloque em risco a vida e dignidade do ser humano. Em sua trajetória, tem atuado como defensora dos direitos dos povos e comunidades tradicionais de terreiros, bem como dos direitos humanos e dos direitos sociais. Para ela, “ser o esteio de uma comunidade e oferecer serviços extraordinários à sociedade, contribuir para o progresso humanitário e beneficiar de forma excepcional a humanidade, exige diversas “formações”: Advogar em defesa daqueles que mais sofrem pelas desigualdades sociais, pelos racismos, pelas intolerâncias religiosas, entre outros preconceitos. Médica de doenças da alma, mente, corpo e espírito. Psicóloga para ali acolher o pranto. Até mesmo ser policial para manter a ordem que toda sociedade necessita. Professora para crianças, jovens e adultos, pois, por muitas vezes é necessário ensinar o “B, A, BA” para pessoas que são até mais velhas de idade carnal”, pontuou. Realiza diversos trabalhos sociais como disseminadora e defensora da Cultura Africana e Afro-Brasileira, por meio de atividades de oficinas de culinária e palestras em espaços de educação e cultura, públicos e privados. Desde 2015 ministra palestras sobre Intolerância Religiosa com Ênfase nas Religiões de Matriz Africana e Afro-Brasileira em instituições de ensino públicas e privadas e Núcleo Regional de Ensino. Além disso, colabora para o acolhimento humanizado da população que busca auxílio em diversas questões sociais, encaminhando para os serviços de saúde, assistência social, educação. Sua atuação incluiu também visitas às famílias em situação de vulnerabilidade social; visitas a hospitais e residências para pessoas acamadas, em funerais, a famílias enlutadas; acolhimento e alimentação para todos que participam das atividades desenvolvidas no espaço do terreiro e distribuição de cestas básicas; gestão do projeto ORIDÉ, que tem como objetivo levar os saberes das tradições sagradas ancestrais a crianças, jovens e adultos; participações em órgãos, conselhos e movimentos:
Integrante da Rede de Mulheres Negras do Paraná e do Conselho Fiscal; integrante da RENAFRO – Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde; integrante do Fórum Paranaense das Religiões de Matriz Africana (FPRMA); conselheira do Conselho Municipal de Saúde de Arapongas-PR, no segmento de usuários e Membro da COMFIN (Comissão de Finanças); colaboradora do Conselho Municipal de Política Cultural de Arapongas; integrante do GE 5 – Educação do GT “Povos Originários e Comunidades Tradicionais Quilombolas, de Terreiros de Matrizes Africanas”, do Ministério Público do Trabalho, para a escuta social sobre o racismo religioso e definição de agenda para o enfrentamento, em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Projeto AWURE. Participação como delegada em conferências municipal, estadual e nacional de Saúde, contribuindo com a construção das políticas públicas. Participação como delegada na Conferência de Saúde Mental e na Conferência de Saúde da Mulher, Conferências dos Direitos da Pessoa Idosa na Conferência Municipal sobre Direitos da Criança e do Adolescente.
Organização e realização de eventos: Com a participação dos segmentos Sociedade civil, movimentos sociais, poder público, trabalhadores da saúde, educação e assistência social.
Público-alvo: populações vulneráveis (população negra, povos e comunidades tradicionais, povos e comunidades tradicionais de matriz africana, população LGBTQIA+, população carcerária, população de rua (pop));
Sobre a saúde da população negra, povos e comunidades tradicionais de matriz africana, populações vulneráveis.
Sobre a luta pela implementação da Política Nacional de saúde integral da população negra (Portaria nº 992 de 13/05/2009), em eventos da saúde, através do recorte étnico-racial.
Sobre o combate à violência contra a mulher. “Nessa caminhada, tenho procurado me colocar à disposição da humanidade, buscando atender às suas necessidades e lutando pela equidade e pelas políticas públicas de promoção da igualdade social”, disse.
Homenagem
Na oportunidade, a Sacerdotisa Ìyálorisa Joilda Ti Osùn, fez agradecimentos: “ Gostaria de honrar a memória de minha mãe carnal, Hilda Lima Pereira, que sempre foi minha referência desde criança e que me estimulou para o trabalho social. Quero agradecer aos òrìsàs de Èsù a Òsàlá, Òrìsà Orí, Òrìsà Ìyá Òsùn minha mãe e Òrìsà para quem fui iniciada com amor e gratidão em minha religião o candomblé, todas as divindades sagradas, Ìyás e Bàbás que sempre me deram a força necessária para cumprir com minha missão, à minha família carnal, família de axé, filhos de santo e todos os irmãos e irmãs de fé, amigos e amigas e a todas aquelas e aqueles que cruzaram o meu caminho e me acrescentaram para que eu pudesse ser uma multiplicadora no acolhimento humanizado com a esperança de um mundo melhor para todas, todos e todes”, finalizou.
SAIBA MAIS
O que significa Dr.h.c .
Historicamente, um doutor honoris causa (ou doctor honoris causa) recebe o mesmo tratamento e privilégios que aqueles que obtiveram um doutorado acadêmico de forma convencional – a menos que se especifique o contrário. A pessoa que recebe o título de “doutor honoris causa” pode usar a abreviação “Dr. h. c.”. e instituição de reconhecimento civil, e é dado a uma personalidade eminente, nacional ou estrangeira, que tenha se destacado singularmente por sua contribuição à cultura, à educação, filosofia da Religião ou à humanidade.
Um pouco de nossa História e luta em prol da sociedade:
Desde sua fundação, a Ordem dos Capelães do Brasil tem se firmado como referência pela lisura, responsabilidade e transparência com que são conduzidos todos os seus processos administrativos por parte de sua diretoria, qualificada como sindicato nos termos do DECRETO-LEI Nº 1.402, DE 5 DE JULHO DE 1939., A OCB é regida por um estatuto, por normas internas e pela legislação aplicável a ela, possuindo como órgãos de deliberação superior a Assembleia Geral dos Associados, o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal. Cabe ao Conselho de
Administração da OCB e o Senado acadêmico, entre outras atribuições, emitir títulos sociais como o Dr. Honoris Causa, Comendas Sociais e outros, fixar o âmbito de atuação do sindicato. Os Conselheiros atuam como controle direto, por representação, do poder público e da sociedade civil, na direção da OCB e contamos com um quadro de mais de 280.000 (duzentos e oitenta mil) associados no Brasil.
MISSÃO
Promover o amor ao próximo e o bem-estar da sociedade,
Organizar e qualificar (No sentido de formando e também no sentido de certificando e assegurando que os capelães formados exercem suas funções dentro dos parâmetros) a classe dos capelães do Brasil Assegurar e defender o exercício da capelania, dentro dos parâmetros da legalidade. Cumprindo as normas exaradas pela Ordem dos Capelães do Brasil e demais atribuições instituídas por lei,
VISÃO
Ser reconhecida como uma instituição que forma profissionais éticos e que garante o exercício profissional do capelão e das empresas prestadoras de serviços de formação dos capelães, zelando e trabalhando por todos os meios ao seu alcance, pelo perfeito desempenho ético da capelania e pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que a exerçam legalmente. Ser a entidade máxima de representação dos capelães do Brasil, responsável pela regulamentação da capelania neste país.
VALORES
Ética – Atuar com elevado padrão ético; agir em obediência à legislação que disciplina a gestão pública; Integridade – ser leal citado será um, marco na história de nosso País .