Pais e a avó de Sophia serão indiciados pelos crimes de estupro de vulnerável e homicídio qualificado

A Polícia Civil pediu a prorrogação das prisões dos pais e da avó da bebê Sophia de um ano e um mês que morreu em Arapongas. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (24). Para a delegada Thaís Orlandini Pereira, a menina Sophia morreu após ser vítima de estupro.

“As investigações mostram que a criança foi brutalmente estuprada e com indicativos que o pai cometeu tal barbaridade, sendo que a mãe e a avó foram coniventes, não impediram as agressões. Há indicativos que o estupro levou a criança a morte. Acreditamos que essa prática não foi um fato isolado, estamos investigando para descobrir se isso ocorria diariamente com essa criança”, explicou a delegada.

A polícia tem certeza que a menina Sophia chegou morta na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), por volta das 20h do dia 18 de junho, contrariando as versões dos pais. Profissionais de saúde constataram que a menina já estava morta e a perícia afirma que ela foi morta pelo menos duas horas antes de chegar na unidade de saúde.

Sophia

Os suspeitos negaram que tenham provocado a morte da criança e disseram em depoimento que a menina engasgou com o leite depois da mãe dar banho nela, por volta das 19h. No entanto, um laudo preliminar do Instituto Médico-Legal (IML) apontou agressão física como causa da morte.

“Ninguém confessa nada e nem chora. São apáticos, a mãe e a avó não demonstram nenhum sentimento. Dá a impressão que eles combinaram uma versão, porém em alguns pontos eles se contradizem”, detalhou a delegada.

A Polícia Civil diz que a situação da bebê era tão extrema que mesmo sem a análise do perito foi possível atestar o estupro.

“Ele [o pai] quis sim matar a criança, não tem como não dizer isso de um pai que agride a filha de apenas um ano dessa forma”, pontuou Thais Pereira. “A prorrogação das prisões vai nos ajudar a comprovar que isso ocorreu de forma continuada”, esclareceu.

A delegada informou que abriu um novo inquérito para apurar a morte de uma outra filha do casal há dois anos. Segundo a polícia, a criança morreu vítima de desidratação. As investigações querem saber se essa foi a verdadeira causa da morte ou se a menina também foi vítima de agressões.

Junto desse procedimento, os policiais também querem saber se as outras duas filhas, uma com três semanas de vida e outra com 4 anos, já foram agredidas pelos pais. As duas estão sob os cuidados do Conselho Tutelar.

Os pais e a avó devem ser indiciados pelos crimes de estupro de vulnerável e homicídio qualificado.

Devido a repercussão do caso, os três foram transferidos da cadeia de Arapongas para outra unidade penitenciária do estado, a cidade não foi revelada por questões de segurança.

Informações: G1 Paraná

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