Ao contrário do que ficou pactuado na última quarta-feira (13), os membros do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação (STIAAR) e representantes dos trabalhadores grevistas não compareceram na reunião com membros da diretoria da Prodasa, a fim de avançar nas negociações para encerrar a greve que atinge a empresa desde o dia 18 de dezembro. A reunião estava agendada para esta quinta-feira (14) e deveria ter ocorrido no gabinete do prefeito Sérgio Onofre, chamado para auxiliar como mediador nas negociações. Conforme os trabalhadores adiantaram na quarta-feira, a greve foi iniciada por atraso no pagamento de salários, 13º e falta dos depósitos do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço – FGTS.
“Nós lamentamos que só os representantes da diretoria da empresa tenham vindo para a reunião, pois esse poderia ter sido o caminho para o fim da greve. Nosso interesse em aceitar o convite para auxiliar no diálogo entre as partes foi um só: preservar uma empresa como a Prodasa que, se fechar, pode afetar de forma direta na vida de mais de 400 trabalhadores”, assinalou o prefeito. Para Sérgio Onofre, o sindicato e seus advogados deveriam reavaliar o posicionamento e retomar o diálogo, pois o ano de 2020 trouxe grandes dificuldades para muitas empresas.
Os representantes da diretoria trouxeram para a reunião uma proposta de parcelamento do 13º. salário e também do salário de dezembro. Pela proposta, o pagamento do 13º. salário de 2020 seria feito em duas parcelas, na proporção de 50% cada, sendo a primeira na data de 15 de janeiro e a segunda no quinto dia útil de março. Já o pagamento do salário de dezembro seria feito no dia 20 de janeiro. Os representantes da diretoria ressaltaram que a indústria está há cerca de um mês sem produção, o que a impossibilita de cumprir qualquer acordo em valor maior do que o proposto, em razão da falta de faturamento. Estiveram presentes Dr. Eneas Prado, membro da diretoria, acompanhado de três advogados.