A Prefeitura de Arapongas entregou na manhã desta quinta-feira (13), através da Secretaria de Esportes, a Quadra de Areia Cláudia Alves da Silva Resende. A solenidade, na Praça da Saudade, em frente ao cemitério, reuniu lideranças políticas, familiares da homenageada e convidados. “Hoje a gente faz justiça com a memória de uma pessoa que lutou a vida toda para viver com dignidade e dar bons exemplos, seja no esporte, que ela tanto amava, seja na vida familiar e em comunidade”, afirmou o prefeito Sérgio Onofre. O vereador Levi do Handebol, autor da indicação que deu o nome de Cláudia ao espaço, também lembrou da colega de prática esportiva e dos exemplos que ela deixou, inclusive no período em que esteve em tratamento.
A Quadra de Areia Cláudia Resende foi concluída há tempos, mas por causa da pandemia teve sua inauguração adiada. A obra foi uma reivindicação de inúmeras pessoas que procuram a Praça da Saudade para a prática esportiva. Para sua execução, a Prefeitura de Arapongas investiu R$ 98.930,81. Juntamente com a quadra de areia, a Prefeitura instalou, na mesma época, em espaço ao lado, um playground, resultado de um investimento de R$ 118.878,00. Juntos, a quadra de areia e o Playground são resultado de um investimento de R$ 217.808,00, valorizando a Praça da Saudade com equipamentos esportivos e de recreação. Viúvo de Cláudia, que faleceu em 2021, Ismael Resende agradeceu ao vereador Levi pela iniciativa e ao prefeito Sérgio Onofre por ter acatado a indicação. A secretária de Governo, Lúcia Golon, fez a entrega de um vaso de flores para as filhas Ana Beatriz e Maria Fernanda.
Também participaram do evento o vice-prefeito Jair Milani, vereadores, secretários municipais, desportistas e outros convidados. O vereador Levi também representou o secretário de Esportes, Altair Sartori, que está em viagem.
SAIBA MAIS SOBRE A HOMENAGEADA
– Nasceu em Arapongas no dia 06/08/1971, filha de João e Idelinda, família humilde e trabalhadora. Aos dois anos, perdeu a mãe, passando a ser criada pela avó paterna. A situação era difícil para a família que, a convite de irmão do pai dela, foi morar em Umuarama em busca de emprego melhor. Em Umuarama passou sua infância e adolescência, tendo desde período descoberto a grande paixão esportiva: o vôlei! Pela escola, foi campeã dos Jogos Estudantis Municipais, regionais e também campeã Paranaense.
– Aos 20 anos, teve a oportunidade de voltar a Arapongas, agora como jogadora de vôlei do Município. Começou a faculdade de Educação Física. Neste período, teve seu contrato encerrado pela nova administração que assumiu a Prefeitura e passou a vender sanduiche no intervalo das aulas para pagar a faculdade, sempre lutando pelos seus sonhos. Dedicação recompensada por um professor, que a contratou como estagiária de natação no Clube Comercial de Arapongas, onde trabalhou por mais de 10 anos.
– Neste período de sua volta a cidade, fez várias amizades, que acabaram levando-a a frequentar um grupo de oração, pertencente ao Santuário Nossa Senhora Aparecida, Grupo de Jovens Unidos em Cristo, onde teve seu encontro pessoal com Cristo e, a partir dali, sua caminhada de Fé. Sempre atuante, neste período fez parte de pequenos e grandes projetos de evangelização, como Encontros de Oração, Ruas de Recreio para crianças carentes, shows de evangelização, Carnaval com Cristo, Teatro Presépio Vivo (realizado na Praça do Santuário) e o Teatro Semana Santa (projeto em realização até os dias de hoje), sendo a primeira Maria (mãe de Jesus).
– No grupo de oração Unidos em Cristo, conheceu Ismael, com quem namorou por cinco anos e se casou no dia 31/05/2002. Tiveram duas filhas: Ana Beatriz e Maria Fernanda. Completaria 19 anos de casados.
– Em março de 2017, seus rins pararam, em decorrência de uma doença pré-existente (rins policísticos). Começava ali uma nova luta pela vida, sendo necessário fazer hemodiálise três vezes na semana, por quatro horas cada sessão. Sua saúde no começo ficou muito debilitada e aos poucos foi recuperando. Em aproximadamente seis meses, começou a fazer quatro sessões na semana.
– Como não poderia ser diferente, exerceu sua fé neste período, sem desanimar. Sempre com alegria, incentivava os pacientes da clínica, as enfermeiras, era uma entusiasta pela vida! Mesmo diante das dificuldades, buscava ajuda com os amigos para auxiliarem aqueles quem estavam mais necessitados. Ema muito preocupada com os pacientes da clínica, na sua grande maioria pessoas idosas, com pouca instrução.
– No dia 15 de abril de 2021, veio a óbito, por complicações pós-cirúrgicas em decorrência de sua doença renal. Ficou conhecida carinhosamente como Claudinha ou Cláudia Resende.