No último dia 13, em sessão da Câmara Municipal de Arapongas foi realizado um requerimento, referente aos preços de gás de cozinha oferecidos na cidade, os vereadores Fernando Henrique, PSDB, e Rubens Franzin (Rubão), PP, pediram providências ao Ministério Público e PROCON.
Segundo o PROCON de Arapongas, diversas reclamações foram recebidas relatando o aumento no valor do botijão de gás de R$55,00 para R$75,00, no dia 18 de setembro, além dos valores serem praticamente iguais em várias revendedoras. De acordo com o PROCON, foi instaurado um processo administrativo e realizado pesquisas onde foi constatado o preço praticamente uniforme de R$75,00 em todas as revendas, valor este, confirmado ser superior aos de municípios vizinhos.
Segundo o requerimento feito pelos vereadores, no mês de setembro o preço do botijão de gás no município correspondia ao valor médio de R$75,00, porém, no mês seguinte (outubro) quando a Petrobrás anunciou o quarto aumento consecutivo os preços estabelecidos em Arapongas baixaram para uma média de R$65,00 o botijão de 13 kg. De acordo com os vereadores, causa estranheza essa mudança de preços, principalmente diante de aumentos feitos pela Petrobras e pelo fato dos valores serem praticamente equivalentes em relação aos revendedores de botijão de gás.
Por haver indícios de formação de cartel (Cartel é um acordo explícito ou implícito entre empresas concorrentes para, fixação de preços ou cotas de produção) ou combinação de preços, o PROCON encaminhou um ofício com todas as informações à Promotoria de Defesa do Consumidor no dia 18 de outubro de 2017. De acordo com o PROCON, após a Petrobrás realizar o aumento no valor do botijão e as revendas baixarem drasticamente os preços foi realizado um novo levantamento dos valores e constatado oque foi relatado pelos vereadores Fernando Henrique e Rubens Franzin, oque levou o órgão a encaminhar a nova pesquisa à Promotoria Pública por haver a suspeição de combinação de preços por parte das revendas.
Segundo o PROCON, foram notificadas 35 revendedoras que atendem o município, a fim de darem esclarecimentos do porque dos aumentos drásticos e das baixas de preços repentinas. De acordo com o coordenador do PROCON, Paulo Sergio Camparoto, as denúncias tiveram um papel fundamental no caso ‘’O consumidor é o melhor fiscal que o PROCON pode ter, foi através das reclamações e das denúncias que chegamos ao conhecimento dos fatos e realizamos todos os trabalhos. O consumidor pode ficar tranquilo quanto aos valores, porém deverá pesquisar os preços quando for adquirir o botijão de gás e informar o PROCON quando se sentir lesado.’’ afirmou Paulo.
A denúncia encaminhada à Promotoria Pública por suspeita de crime ainda está em andamento.